domingo, dezembro 4

Divagação sobre a curta existência.


Tenho relutado em voltar a escrever, ideias nascem e morrem com muita facilidade dentro de mim, confesso que o desanimo por saber quem ninguém ira ler-me, atrapalha no processo, começo a desenvolver uma ideia e logo me vejo sem proposito de continuar, assim também sou na vida, começo a procurar sentido a certas coisas que faço. Você já tentou se questionar a respeito das coisas que faz? Tudo tem realmente um por quê? E quando tem esse porque vale a pena? Quando começo a me questionar nesse sentido me pego observando a vida do ponto de vista de um rato de laboratório que vê apenas um clico rodando sem sentido.

Vejo pessoas abandonadas em leitos de hospitais e asilos, outras jogadas como entulho nas calçadas de são Paulo, e inúmeras situações aonde o ser humano é reduzido a mero peso morto sobre a terra, considerado como estorvo para seu semelhante, que se julga melhor apenas porque naquele momento da sua existência se encontra em uma posição mais favorável mero engano temporal, nada é para sempre, nem os bons nem os piores momentos.

Somos obrigados a viver muito mais em função das nossas necessidades, do que realmente ansiamos do profundo do nosso ser, a sociedade nos obriga a seus costumes, meios de sobrevivência, que muitas vezes nos faz diluir nossa alma lentamente através dos anos, perdendo nossa essência, e nos transformando em robôs fisiológicos, bonecos de carne e o tempo, esse sim é implacável e nos mostra o quanto perdemos agradando as vontades alheias, e enterrando nossa existência em uma sepultura de mediocridades funcionais.

Eu pisquei e se passaram muitos anos, eu olhei pra traz e vi etapas queimadas, percebi o quanto fui tolo, o proposito desse texto, é despertar em quem ler uma consciência de si próprio, perceber o quanto é importante olhar pra dentro de si, e agarrar com toda força possível aquele ser com paixões e anseios reais, e não deixa-lo ir pouco a pouco se transformando em apenas mais um rosto, dentro da multidão que caminha como uma massa zumbificada sem alma rumo ao matadouro da existência, viva, lute pelo que acredita, faça o que gosta o que te faz sentir vivo, trabalhe, mas com prazer, ame com verdade, ignore opiniões que te façam atrofiar, retroceder, busque sua força interna, e se um dia cair, ou terminar abandonado sozinho, doente, vai sofrer as dores do momento apenas, não carregara em si as dores acumuladas de uma existência nula.

Eric, 4/12/2011 02 Am