sexta-feira, fevereiro 11

Poemas de celular


Em minhas longas viagens matinais de trem, no caminho que me leva ao trabalho, vez ou outra sou surpreendido com alguma inspiração poética, como não tenho papel nem pena como fariam os mestres no assunto, anoto de uma forma precária no bloco de notas do meu celular essas ideias, e pela primeira vez resolvi postar dois desses simplórios escritos de uma mente quase acordada as quatro da matina na estrada de ferro de São Paulo.

A Madrugada


A madrugada é triste e densa para aqueles que insistem em abraça-la jurando seu amor soturno.

E o sol que nasce alheio a sua vontade vem com seu calor mórbido derreter o que lhe resta de vida.



o Quarto

Nem menos tenho forças para gritar meu desencanto com essa criatura mórbida de escolhas tétricas.

Nem ao menos tenho força para mata lá

Apenas a observo renascer de neblina em neblina me olhando fixamente com seus olhos claros de falsidade no espelho do quarto da angustia

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